Bolo de banana, pra mim, sempre teve mais gosto de infância do que de banana.
Não existia no mundo um bolo de banana como o da minha mãe.
Desafio o Alex Atala a tentar a sorte. Ele pode mobilizar toda a cozinha do D.O.M. e não vai chegar aos pés do bolo da minha mãe.
Não conheço o Alex Atala, considerado um dos melhores chefs do mundo, e não conheço o D.O.M., em São Paulo, considerado um dos melhores restaurantes do mundo… mas eu conheço bem a minha mãe.
O bolo dela tem amor materno como principal tempero.
De repente, outro bolo de banana apareceu na minha vida.
A receita era a mesma, mas o amor materno foi substituído por paixão.
O bolo da Lu, como o da minha mãe, faz meus olhos sorrirem quando a luz do forno se acende. Descobri que a infância tem um gosto muito parecido com o amor.
E hoje, de surpresa, alguém muda a receita de novo.
A Dona Rejane tirou o amor materno, tirou a paixão e encheu o bolo de carinho.
E não é que ficou bom?
A Lu tinha falado do bolo de banana aqui no blog. A Dona Rejane, doceira de mão cheia, leu e resolveu entrar nessa competição de melhor bolo do mundo. Me prometeu um bolo e, hoje, cumpriu a promessa.
O pódio está completo. Os 3 melhores bolos do mundo.
Não vou arriscar uma ordem para que ninguém fique chateado comigo, mas não tem como alguém fazer um bolo melhor.
E hoje eu tive a certeza de que, na verdade, não gosto do bolo de banana.
Gosto do “bolo de sentimento verdadeiro”.
Se tivesse que definir esse gosto eu diria que é alguma coisa bem parecida com o bolo de banana da minha mãe… e o da Lu… e o da Dona Rejane…