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Dorzinha gigante no coração

by Luciana Demichelli

Perdemos a risada sem freio.
Perdemos as histórias contadas com dose de exagero, drama e sempre, sempre com risadas no final.
Suco de groselha, sorvete da esquina e lanche do 180 graus. Sim, o lanche de frango desfiado nunca faltava no nosso cardápio.
Roupas emprestadas, conversas que varavam a madrugada, fofocas e gargalhadas.
Perdemos as guloseimas da tarde regadas de chá gelado e sorrisos frouxos.

O riso sempre saiu fácil da boca dela. Minha cunhada era assim. Tão próxima que se tornou irmã. Entrou na nossa família ainda nos anos 70. Eu tinha apenas 6 anos quando ela e meu irmão começaram a namorar. Eles tinham 14. Ficaram juntos por mais de 4 décadas. Amor que ultrapassou todas as dores e vivenciou as alegrias da vida. Mulher de sorte. Teve ao seu lado um apaixonado.
– Oi linda!!!!
Era assim que meu irmão se referia a ela. Vaidosa, comandou por mais de 30 anos a loja mais bonita de roupa infantil, em Tupã. Decorava as vitrines com o mesmo capricho que fazia os laços na sacola dos clientes. Até algodãozinho colorido ela colocava nos enfeites. Sempre caprichosa… sempre sorrindo!

Minha cunhada deu dois filhos incríveis para o meu irmão. A mim, deu os primeiros sobrinhos e cuidou deles com pura maestria.
Ela tinha qualidades que a faziam ser amada pelas cunhadas… qualidades que a transformou em filha para sogro e sogra.
Fizemos bala de côco, bolo de milho e muito cafuné. Na minha adolescência, cuidou do meu primeiro delírio febril com o mesmo amor que acudiu meu primeiro filho em sua primeira febre. Sim, ela sempre esteve por perto. Foi ela quem embalou minha filha em suas primeiras noites de choro.

Crescemos juntas, criamos nossas famílias. Hoje sinto a falta dela.
É o tipo de dor que nenhum Tylenol do mundo consegue curar.
Minha cunhada partiu… mas meu amor de irmã por ela permanece para sempre!

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11 comentário

Jose Roberto 6 de março de 2021 - 22:04

Que lindo mas que triste Lu Que Deus conforte seus corações Devia mesmo ser muito especial
Bjo no teu coracao

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Luciana 7 de março de 2021 - 09:53

Obrigada por seu carinho, Zé.

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Alana 6 de março de 2021 - 23:00

Sabe Luciana ela sempre será lembrada como a amiga disposta a ajudar, a amiga prendada, aquela que era exímia dona de casa, sabia pintar, costurar, costumizar e enfim tinha muito bom gosto e jeito pra fazer tudo.
Para nós (minhas filhas) era aquela amiga que contava histórias cheias de detalhes e longas que no fim sempre acabavam mesmo em risada, quando não se perdia no meio e mudava o assunto.
Mas a sua característica principal pra nós era que ela era tão, mais tão doce que pra ela tudo era no diminutivo, sempre… bolinho, casinha, sitinho, comidinha e assim ia.
Vai deixar muita, muita saudade.
Um beijo enorme pra todos vocês com muito carinho.
Nossos sentimentos.
Fiquem em paz.
🌹🌹🌹🙏🏽🙏🏽🙏🏽

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Luciana 7 de março de 2021 - 09:55

A Má era exatamente assim. Vai deixar saudade.❤️ Um beijo para aliviar essa dor, que também é sua, Alana.

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Paula Meyer 6 de março de 2021 - 23:05

Eu sinto a sua dor… dói meu peito, dói minha alma por você!

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Luciana 7 de março de 2021 - 09:55

Você sempre ao meu lado!❤️

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Ana lúcia Salerno 7 de março de 2021 - 03:51

Meus sentimentos a todos 🙏🌷

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Luciana 7 de março de 2021 - 09:56

Obrigada pelo carinho!

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Luciana 8 de março de 2021 - 03:24

Amo ler suas palavras que falam de verdade ! Meu abraço apertado 💜

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Luciana 8 de março de 2021 - 21:01

Muito obrigada pelo carinho!

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Nina Simoes 10 de março de 2021 - 00:21

Meus sentimentos 🙏

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