Mal consegui dormir. Minha insônia girava em torno da vida, de como ela é intensa e ao mesmo tempo, frágil.
Uma da manhã, duas, três… Não tirava os olhos do celular. Reiniciei a página dos grandes jornais em busca de uma notícia nova, de alguma informação dizendo que passou, que ele estava bem, que saiu do hospital e já estava em casa lendo as centenas de mensagens nas suas redes sociais. “O Rodrigo vai ter trabalho para ler tudo isso”, pensei.
Todo mundo se manifestou. Mensagem de amigos, de fãs, de gente que estava no dia a dia e gente que só o conhecia pela tv. Pensamentos positivos, vibrações e orações. Todo mundo com uma história para contar… Uma foto, um som, um hambúrguer dividido, uma gargalhada no ar. Rodrigo Rodrigues, o RR, como era conhecido, era um cara querido!
Tinha uma multidão torcendo para receber a mesma notícia que eu, para ler ou ver ele voltando para casa.
Não deu!
Conheci o Rodrigo há muitos anos. Ele fazia o Vitrine e eu era fã do menino. Achava ele super natural em frente as câmeras. Na época, “ser natural” era coisa rara.
O Rodrigo sempre foi coisa rara. Sabe o estilo gente fina? Sempre sorrindo, sempre com uma boa música e uma boa história para contar. Assim era o Rodrigo na visão de TODOS os amigos. E coisa rara que era, assim também ele era para os fãs.
Em 2003 nos encontramos na redação da Tv Globo em SP. O Rodrigo passava para dar um oi para galera. Quase que sem jeito, revelei que eu era fã do trabalho dele, desde os tempos do Vitrine, programa que ele fazia na Tv Cultura. O Rodrigo riu, como sempre ria todas as vezes que eu dizia isso. E eu fazia questão de reafirmar minha condição de fã.
Domingo vejo a notícia que ainda agora aperta o meu coração. Rodrigo estava em estado grave na UTI, lutando bravamente para viver. Teve uma trombose cerebral, após ser diagnosticado com Covid 19.
Eu juro que esperava ansiosa pela notícia que ia garantir mais tempo para as conversas que não tivemos.
Aguardava aquela informação da saída do hospital com aplausos, balões e cartazes.
Não deu! ?
Rodrigo – com certeza – chega no céu com aquele sorriso fácil no rosto e os dedos levantados para alto, no melhor estilo rock and roll ?.
Vá em paz, meu caro. Força aos familiares, amigos e fãs… desde os tempos do Vitrine!
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Olá eu amo o cabeçalho do seu blog, é uma criação pessoal? Danya Claus Israel