Freud de casa não faz milagre!

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Somos um amontoado de acertos e erros.

Às vezes temperamentais demais, arrogantes, inseguros, prepotentes… Noutras habilidosos, versáteis, generosos… 

Passamos a vida a espera de descobrir quem realmente somos. 

Num dia, extremamente capazes… no outro, falhamos. 

E quando isso acontece, logo entra nossa mente para nos dizer que “já não somos mais os mesmos”. E aí começam as cobranças internas, externas, da nossa cabeça e do nosso coração. 

Quem sou eu? Eis a questão!

E sabe o que acontece depois dessa pergunta? Nenhuma resposta dá o ar da graça. Nada. 

Sempre busquei o tal do autoconhecimento………………… em vão! 

Confesso que todas as vezes que olhei demais para mim, tive ainda mais dificuldade em me enxergar. Estava tão preocupada comigo mesma, que não fui capaz de ver um palmo à minha frente. 

Descobri que quando a gente só tem olhos para o próprio umbigo… ops… se desequilibra e cai. 

Minha teoria entrou em ação há alguns anos. 

Decidi que deixaria de olhar para mim, para enxergar mais o outro. 

Foi no momento que eu deixei meu problema de lado, que encontrei a solução para ele. 

Sem tempo de reclamar minhas misérias, vi uma infinidade de valores que andavam adormecidos. 

Quando não tive tempo para mim, foi quando mais me conheci.  

Reencontrei a bondade que habita em mim. 

Vi que somos espelhos.

Quando deixei o reflexo do outro refletir em mim, me redescobri.

Ajudar o próximo eleva nossa autoestima, fortalece nossos valores, aquece nossos corações, alonga nossa gratidão, exercita nossa melhor parte e nos conecta com nós mesmos. 

Minha teoria é complexamente simples: o autoconhecimento só vem quando a gente tem tempo para conhecer o outro.