O esporte é maravilhoso.
Aprendo muito com ele. Pessoal e profissionalmente. Faz bem.
Acho que é por isso que torcemos tanto por pessoas que nem conhecemos.
Não é pelo país, é por nós.
É para termos a certeza de que não existe o impossível.
Muitas vezes a gente não sabe quem é o atleta, nunca o vimos.
Conhecemos pouquíssimo a modalidade, mas, no fundo, a gente se vê ali.
Ou vai dizer que você já tinha ouvido falar ou visto o Felipe Wu? Já tinha assistido a uma competição de tiro? Não na TV. Quero saber se comprou ingresso e foi lá, domingão a tarde, assistir ao torneio regional de tiro ao alvo?! Eu não.
Mas a gente ganhou aquela prata junto com ele.
E quando a Rafaela Silva conquistou o ouro no judô?
Todo mundo que é brasileiro tem Silva no sangue.
Se é Silva é nosso.
E ela deu a volta por cima. Foi desclassificada há 4 anos por um golpe ilegal.
“Envergonhou o país, a família…” foi isso que ela ouviu.
Ou melhor, não ouviu. Se tivesse ouvido, tinha desistido.
Silva que é Silva não desiste nunca. Não desiste de teimoso.
A Poliana Okimoto sofreu com a hipotermia em Londres.
Precisou de ajuda para sair da água.
Imagem forte de um, quem sabe, “fim de carreira”.
Deu a volta por cima e terminou a Rio/16 bronzeada.
Conquistou a medalha de bronze nos 10KM de natação em águas abertas.
O Diego Hypolito?
Mais uma lição depois da prata na ginástica:
“Da primeira vez eu caí de bunda (em Pequim-2008), na segunda eu caí de cara (em Londres, 2012), e dessa vez eu caí de pé. Essa medalha mostra para todos nós que se a gente cair, a gente pode levantar”
É isso. É a volta por cima. É desafiar o impossível. É não desistir.
É com esse espírito que temos que enfrentar nossos dias.
Temos que ter a certeza de que, no fim, não interessa o que acontecer, estaremos no pódio.