O diretor da escola dos meus filhos defende uma teoria interessante, a criança tem que falhar.
Mais do que isso, nós, adultos, temos a obrigação de incentivar essas falhas.
Devemos motivar nossos filhos.
E, se falharem, não temos que chamar a atenção, temos que parabenizá-los.
O tema é tão interessante que esse diretor tem uma palestra no TED falando sobre a importância do falhar.
A ideia escondida nesse exercício de falhar é a do tentar. Se a criança tiver medo de falhar, ela para de tentar e aí os sonhos se perdem. É assim com todo mundo. O tempo se encarrega de nos apresentar o medo, mas o ideal é que a gente adie isso o máximo possível.
Você para de tentar porque arrumou um emprego promissor, você para de tentar porque teve filhos e não pode mais “se arriscar”, você para de tentar porque conquistou a (ilusória) estabilidade profissional que procurava, você para de tentar porque, sem perceber, se acovardou…
Hoje recebi uma lista de nomes de “teimosos”, que não pararam de tentar.
Tem mais uma série de casos assim. Cafú foi reprovado em 8 ou 9 peneiras. Isso em uma idade em que teria que pensar seriamente em parar com o sonho do futebol para trabalhar e ajudar a família financeiramente.
A imagem que temos do Cafú hoje não é a de quem fracassou e desistiu.
Cafú entrou para a história do futebol mundial como o capitão do Penta.
O frio na barriga faz parte da vida. É o que dá graça aos nossos dias. É o combustível do sonho.
Se não tentarmos mais, deixaremos de sonhar. Se deixarmos de sonhar, matamos nosso futuro.
Quando foi que você falhou pela última vez? Se já faz tempo, ou não se lembra, talvez seja hora de tentar de novo.
E, claro, não se esqueça, tenha muito orgulho de cada falha do seu filho. Isso pode ser um jeito de mostrar o quanto ele é genial.
