Quando a gente cresce as responsabilidades aumentam, as preocupações aumentam…
e os sonhos diminuem .
Por que?
A gente fica mais velho e aprende um montão de coisas. Será que a gente não aprende que sonhar é mais gostoso do que pagar contas?
Do mesmo jeito que não temos como não pagar as contas, não deveríamos parar de sonhar.
O “choque de realidade” é cruel. Injusto. Deveria ser proibido por lei.
Pensei nisso quando vi essa foto.
Quando somos crianças sonhamos.
As meninas querem encontrar um príncipe encantado em um cavalo. Querem que esse príncipe, lindo, as carregue nos braços até seu castelo. E lá, vão viver felizes para sempre.
Aí ela cresce. O castelo vira um apartamento de um dormitório. O cavalo é um carro popular. O príncipe… bom, qualquer sapo com um bom emprego está valendo.
Queríamos ser astronautas, bombeiros, artistas de circo…
Viramos engenheiros, médicos, advogados…
A vida fica mais chata e aceitamos na boa.
Não deveríamos nos render tão fácil.
Tem um show da Disney que fala sobre isso, o Fantasmic. A bruxa, o dragão… todo mundo quer acabar com o sonho do Mickey. E ele vai se encolhendo, diminuindo.
De repente o ratinho dá um grito:
“Opa, espera lá, esse aqui é o MEU sonho!”
E os malvados somem.
Efeitos especiais, música épica…
Todas as vezes que eu vejo, eu choro.
Geralmente aprendemos muito com as pessoas mais velhas.
Isso é importante demais. A experiência.
Mas não podemos parar de sonhar. Pra isso temos que prestar atenção nas crianças. Aprender com elas também… e, claro, com o professor Mickey Mouse.
Nós envelhecemos, os sonhos não.