Paixão e futebol nasceram um para o outro.
A bola desperta um sentimento eterno.
O time escolhido na infância é para a vida.
Nos dias de hoje tem gente que troca de sexo… mas não de time.
Seria inadmissível. Uma traição das mais cruéis.
E você não aprende isso com o tempo. Você nasce sabendo.
Torço pelo Guarani. Desde sempre e para sempre.
Pra mim, o Neto jogou muito mais do que o Messi. Foi um tipo de Pelé, sem o mesmo marketing.
Se você não acha, certamente não entende nada de futebol e, consequentemente, não torce pelo Guarani.
Lamento por você.
O futebol não é só uma paixão clubística.
Vai além disso. Um amigo escreveu outro dia que, quando quer reencontrar o pai, que já faleceu, vai ao estádio. Ali, na arquibancada, ele sente a presença de seu maior ídolo.
A paixão é tão forte que mata a saudade.
Em alguns casos, não é sentimento, é ciência.
Existe um estudo complexo, desenvolvido pelo pai que vai levar o filho ao estádio pela primeira vez. O jogo é escolhido, o adversário analisado. O futuro do filho estará em jogo.
A paixão tem que ser passada para a próxima geração. É um momento importante, mágico. O pai que não consegue fazer com que o filho torça para o mesmo time dele, falhou em algum momento na educação da criança, certeza.
A paixão é um sentimento tão maluco, que domina suas ações.
Comecei a escrever esse texto com o objetivo de falar sobre o novo comercial da Audi, que retrata de maneira genial o poder da paixão.
Ia falar do comercial, acabei falando de futebol.
Mas, pensando agora, as duas coisas tem algo em comum.
O que o cara sentiu ao pisar na Lua pela primeira vez, eu já senti.
Foi em 1978, quando eu estava ao lado do meu pai na arquibancada do Brinco de Ouro da Princesa, o estádio do Guarani.
O homem conquistou o espaço, o Guarani conquistou o título brasileiro.
Exagero? Sim, claro, o exagero é mais um dos sintomas da paixão.