Essa semana recebi 3 mensagens pelo Facebook.
Normal, todos recebem mensagens diariamente.
A diferença dessa vez é que as mensagens chegaram com um “certo atraso”.
Duas mensagens foram enviadas em 2012 e uma em 2013.
Ou seja, demorei uma média de 2 anos e meio para colocar minha caixa postal em dia.
Na época, um telefonema teria resolvido isso. Aí, lembrei da frase que um amigo, o Breno, me falou outro dia:
“Atualmente, é quase uma ofensa você ligar para alguém”.
Isso é louco, mas verdadeiro.
Hoje mandamos uma mensagem pelo Whatsapp perguntando se podemos ligar para a pessoa.
Quando será que essa mudança aconteceu?
Antes era normal ligar e, mesmo sem saber quem estava ligando, a pessoa atendia – (Para os mais novos que não sabem sobre o que estou falando, antes não existia o identificador de chamadas).
Hoje eu não atendo se não conheço o número.
Por que? Não sei, mas não atendo.
E, aposto, não sou o único.
Imagino como foi difícil essa transição para a turma da “resistência”.
Meu irmão mais novo, por exemplo, demorou uma eternidade para ter email.
Todo mundo trocava emails e ele telefonava.
Virou, em pouquíssimo tempo, um cara estranho.
Não aguentou a pressão e hoje tem “até” Facebook.
Não olha sempre, mas tem.
O que será que deixaremos de fazer em um futuro próximo?
Whatsapp não vai durar para sempre, claro. Escrever demora muito. Responder é chato.
Alguém já deve estar trabalhando nisso, em uma nova ferramenta que vai facilitar e mudar nossa vida mais uma vez.
Podiam lançar um celular ligado diretamente ao nosso cérebro, que atende o comando do nosso pensamento sem a gente teclar nada.
Com isso, quem deve estar tendo uma mega dificuldade para trabalhar são os roteiristas de filmes que falam sobre o futuro. Se demorarem muito para gravar, aquele futuro distante já vai fazer parte de um passado recente.