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Indústria da multa

by Cesar Gomes

A Wania e o Fábio pensam muito diferente um do outro.
Eu?
Concordo com os dois.
O assunto foi abordado no Facebook, um tipo de palanque oficial do cidadão comum.
O Fábio reclamou da “indústria da multa” que existe em São Paulo.
Radar escondido para pegar o motorista de surpresa. Centenas deles.

radar multa

A Wania acha que, se o motorista não fizer nada de errado, não tem multa. Portanto, não existe a tal indústria.
Um Fábio ganhou o apoio de outro Fábio, que foi multado por trocar de pista sem dar seta. A Wania ganhou apoio do Mauro.
Os times, aos poucos foram se formando nos comentários. Jogo bom.
É uma discussão que eu morro de vontade de entrar, mas, quase sempre, evito.
Dessa vez não vou aguentar.
Entro na discussão para afirmar, sem medo de errar, que os dois estão certos.

multa

Existe, sim, na multa, uma arrecadação incrível. Não tenho ideia de quantos milhões saem do bolso do cidadão direto para os cofres da prefeitura. Não só a de São Paulo, de outras cidades também. E se tem algum município que ainda não abriu os olhos para essa “indústria”, deveria abrir.
E por que essa indústria é tão próspera e rentável?
Aí vem a parte que eu concordo com o time da Wania.
Porque, culturalmente, a gente acha que “só um pouquinho errado” é certo.
“Só um pouquinho errado”, acreditem, é errado. No trânsito e na vida.
Vi, hoje, uma “quase celebridade” reclamando nas redes sociais que teve que pagar excesso de bagagem porque a mala estava “só” um quilo acima do permitido.

mudanca

É sempre assim, o limite, no Brasil, é definido para ser extrapolado por “só” alguma medida de tempo, peso ou afins, sem nenhuma consequência, em nome do bom senso.
50 quilômetros por hora na marginal de São Paulo é pouco?
Não sei. Talvez sim, talvez não.
Talvez, em relação ao tempo até o destino, nem mude muita coisa.
O que sei é que o “político malandro” vai multar o “cidadão malandro”, que está “só” um quilômetro acima do permitido.
Então, minha conclusão é de que a “indústria da multa” existe (Fabio)… e é sustentada pelo cidadão que faz algo “só um pouquinho” errado, mas acha que está certo (Wania).

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