Tenho um amigo talentoso.
Empresário genial, goleiro meia boca… e contador de história dos melhores.
É o tipo de cara que você não consegue encontrar por 5 minutinhos.
Se for encontrar, pode reservar 2 horas para o bate papo, com a certeza de que vai ser legal.
Bom, esse amigo me falou que a fé que ele tem foi definida por um italiano como uma “fé infantil”. Na hora imaginei que era uma crítica, pensei em uma fé meio bobalhona. Mas depois, a arte de contar histórias desse meu amigo entrou em ação.
A “fé infantil” é a fé pura. É a que te ensurdece para as coisas que podem dar errado. É o sonho grande que não considera os obstáculos. É a fé que transforma uma criança em super herói. Com a “fé infantil” a criança voa.
A “fé infantil” em um adulto é a que mantém o sonho de criança vivo.
É a que transforma o impossível em desafio.
Tem uma certa magia na “fé infantil” do adulto.
Ela não morre, ela se esconde.
Não é fácil mantê-la em atividade. É muito mais comum e tranquilo arrumar desculpas do que acreditar. O medo é o maior inimigo desse tipo de fé.
O adulto tem medo de ser feliz, tem medo de arriscar, tem medo de perder o emprego, tem medo de ter medo…
O bom é que a fé está ali, guardadinha, e a gente pode resgatá-la a qualquer momento.
É só voltar a ser criança e ela, a “fé infantil”, volta imediatamente.
Um aviãozinho de papel é o veículo ideal para transportá-la.
Voltar a ser criança, mesmo que por alguns minutos, é sempre um exercício interessante.
A gente vê o quanto é difícil fazer tudo de uma maneira fácil, como qualquer criança faz. Descomplicar a vida é necessário. Sempre. Doses diárias de “fé infantil” resolvem o assunto.
O contador de histórias me lembrou de tudo isso… e eu só tenho a agradecer.