Amizade de infância tem o poder de varar a eternidade…
Você não vê aquele amigo há mais de 20, 30 anos… mas deixa alguém mexer com ele, que você viaja no tempo para defendê-lo.
Mesmo do outro lado do mundo, a impressão é que só você é capaz de resolver o problema do seu amigo. “Ahhhh se eu estivesse por perto…”
É o tipo de amizade “dente de leite” permanente. Começou na infância e se perpetuou.
Amigo de infância você conhece pelo nome do meio e chama pelo apelido, ignorando qualquer mestrado e doutorado do cidadão.
Todo mundo cresceu, mas a sensação é que a amizade continua a mesma.
Vocês nunca mais se encontraram, mas ele é seu amigo de sempre, de uma vida inteira.
Aquela foto esquisita nas redes sociais, cheia de rugas, é só para lembrar que a amizade não envelheceu.
É tanta cumplicidade que até as piadas continuam as mesmas de anos atrás.
E no pacto eterno, ele esquece o terno e a gravata e ri com você.
O assunto não mudou, apesar de tudo ter mudado.
Só uma amizade da infância é capaz de congelar o tempo.
É a cumplicidade de quem te viu colar nas provas da escola, de quem se escondeu no mesmo lugar que você nas brincadeiras de rua…
A cumplicidade de quem soube do seu primeiro beijo, riu das suas espinhas, chorou quando você viajou naquelas férias que a turma inteira tinha combinado de ficar na cidade.
Amigo de infância vem desde o tempo que tudo de errado, dava certo. Aulas cabuladas, provas roubadas, paquera conquistada.
Hoje sinto falta de você, da nossa infância, dos medos bobos…
Eu estou preso a essa saudade… e você, meu amigo, você é meu cúmplice.