Adeus

by Cesar Gomes

Confesso que não sou um mega fã do Kobe Bryant. Gosto dele, mas não como alguns amigos que tenho.
Ele não está entre os meus “Top 5” jogadores de basquete de todos os tempos.
Mas o Kobe acabou tendo, para mim, essa semana, uma importância grande fora das quadras.
Ele me mostrou o quanto somos injustos com nossos ídolos.
Dá uma olhadinha nesse vídeo, que fizeram quando o Kobe anunciou a aposentadoria.
As torcidas adversárias cantando o quanto “amavam odiar” o jogador.

Esse foi só um de vários vídeos.
O que passaram no ginásio antes do jogo de despedida, com os outros jogadores – companheiros de time e adversários – falando sobre ele, também foi fantástico.
Aí, tentei lembrar do adeus de grandes nomes do esporte brasileiro.
Também tentei colocar nessa lista grandes nomes de brasileiros em outras áreas.
E não me veio nada de tão marcante. Nenhuma grande homenagem.
Como foi a despedida do Guga? A do Oscar? Joaquim Cruz? Paula? Hortência? A do Nalbert?

Adeus

Eles, e muitos outros, mereciam uma festa inesquecível.
A despedida mais legal foi a do Pelé, mas a dos Estados Unidos, com o camisa 10 jogando pelo Cosmos.
Alguém vai falar da recente despedida do Rogério Ceni, mas eu duvido que tenha sido emocionante para corintianos, palmeirenses, santistas…
Já foi diferenciada, mas ainda falta muito para ser a merecida.

Adeus

Não sabemos ou não queremos dar adeus? É essa a minha dúvida.
E os ídolos, não querem ou não sabem parar?
Ronaldinho Gaúcho foi um gênio. Talvez tenha sido um tipo de Kobe Bryant do futebol. Não foi o maior de todos, mas está entre os melhores.
Como foi a despedida dele? Não teve… e nem vai ter.
São muitos como o Ronaldinho.
No Brasil contruímos ídolos e os destruímos.
Amamos e ignoramos na mesma velocidade.
Esquecemos cruelmente.
Tenho certeza que eles sentem e, a partir de Kobe Bryant, eu sinto também.

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