Os jovens tem uma função na vida que é fazer alguma coisa, completamente sem sentido, para chocar a geração anterior.
Por que?
Nem eles, os jovens, sabem direito, mas eu acho que é só para tirar onda dos velhinhos.
Hoje estou no time dos velhinhos, mas já estive entre os “revolucionários”, os seres de 16 anos que acreditam, de verdade, que já sabem tudo sobre a vida.
Cesar Gomes
Cesar Gomes
César Augusto é jornalista e trabalha na área há 30 anos. É especialista em nada, mas dá pitaco em tudo. Sofre só de pensar em trabalhar trancado em uma sala. Gosta de respirar, de viajar e de torta de banana.
Bolo de banana, pra mim, sempre teve mais gosto de infância do que de banana.
Não existia no mundo um bolo de banana como o da minha mãe.
Desafio o Alex Atala a tentar a sorte. Ele pode mobilizar toda a cozinha do D.O.M. e não vai chegar aos pés do bolo da minha mãe.
Não conheço o Alex Atala, considerado um dos melhores chefs do mundo, e não conheço o D.O.M., em São Paulo, considerado um dos melhores restaurantes do mundo… mas eu conheço bem a minha mãe.
O bolo dela tem amor materno como principal tempero.
Meu pitaco é sobre “Trabalho em Equipe”, tema da primeira série de vídeos do Escritório de Hoje.
É impossível a gente vencer na vida sozinho. A gente crescer profissionalmente sozinho. A gente ser feliz sozinho.
Nós sempre, para tudo, vamos depender da relação que temos com as pessoas.
Com nossos companheiros de trabalho, com clientes, com amigos, com a nossa família…
Durante um evento esportivo, o mais emocionante que eu já participei, tive a ideia de fazer uma palestra sobre isso, sobre o “Trabalho em Equipe”.
Aqui, no Escritório de Hoje, transformei a palestra em série… e o primeiro episódio saiu do forno.
Por que será que notícia ruim chama tanto a atenção?
E isso, acredite, vale para todo mundo, em todo os setores.
Comecei a pensar no assunto essa semana, quando meu filho chegou da escola.
Todos os dias pergunto como foi a aula e a resposta é completa, para os padrões infantis:
Bem!
Pronto, acabou essa parte da conversa, partimos para outros assuntos.
Outro dia ele chegou e fiz a mesma pergunta. A resposta teve o mesmo padrão em relação ao tamanho, mas…
Mal!
Resumindo, porque todos vão querer saber o que de ruim aconteceu, depois de uma incontável série de A’s, ele tirou um C.
Hoje fui ao barbeiro.
De repente, do nada, surge a pergunta:
Que shampoo você usa?
Sou tão ligado nisso que, para contar essa história, tive que procurar no Google o jeito certo de escrever shampoo. Sei, claro, que tem mais do que uma marca, mas achei que isso era só na linha feminina do produto.
Falei que não tinha ideia e, na hora, nem lembrava da cor da embalagem.
Como podemos, em tão pouco tempo, depender tanto da “nuvem”? Ela não existia em um passado recente. Chegou e se apresentou como nova guardiã da nossa vida. Tudo o que você tem, o que você sabe, o que você pensa… vai para a nuvem e fica lá.
Eu, particularmente, sofro com isso. Não com a dependência, mas com o meu céu particular.
Seria bom olhar para o computador e ver, na tela, uma única nuvem.
O que eu vejo no meu não é entendido nem pelo melhor dos meteorologistas tecnológicos do mundo. São muitas nuvens. Tanta nuvem que não daria para ver o Sol, caso ele também morasse no meu computador. Está tudo completamente nublado.
Está chegando a hora de colocar em prática mais um dos meus projetos.
Vou produzir um documentário sobre o “Campeão”.
O campeão, o de verdade, não é o cara que gosta de ganhar.
É o cara que odeia perder.
Ele não suporta a dor da derrota.
Joaquim Cruz é um campeão de verdade.
Na infância, largou o basquete – que adorava – e foi para o atletismo porque os amiguinhos não se incomodavam com a derrota. Sempre falavam que “alguém tem que perder”. Joaquim chorava escondido.
Ele não queria mais depender de ninguém para evitar a derrota. Mudou de esporte, correu sozinho e conquistou o ouro olímpico.
Lanço aqui um desafio ao Stephen Hawking, o cara que tem a fama de ser o maior sabidão dos dias de hoje.
Não estou duvidando da inteligência dele, mas tenho certeza de que essa minha pergunta ele não sabe responder. Nem ele, nem qualquer outro gênio da história da humanidade. Pode escalar uma seleção e botar todo mundo na sala discutindo: Einstein, Newton, Tesla, Copérnico, Goethe…
Até hoje eu conhecia só 2 Clintons, a ex-primeira dama e, quem sabe, o futuro primeiro damo, Hillary e Bill.
Isso, até o Rodrigo me mandar as fotos de outra Clinton, mais charmosa do que os parentes presidenciáveis. Ele foi pra lá com a Hellen.
Clinton é uma cidade, no estado de New Jersey.
É onde fica um dos prédios históricos mais fotografados dos Estados Unidos, o Red Mill. O moinho daqui era usado no processamento de lã, há mais de 200 anos.