Do que você mais gosta na sua vida?
A pergunta é direta e não abre nenhuma chance para diferentes interpretações.
A Cora respondeu de “bate pronto”:
– Da minha família… e de banana!
A resposta provocou risadas imediatas e reflexões duradouras.
A vida é infinitamente mais simples do que imaginamos.
As crianças sabem disso, mas não contam para a gente.
As que contam, não são levadas a sério.
Nossos problemas são bem menores do que todos achamos, inclusive as crianças.
Elas ficam preocupadíssimas com a prova de amanhã e despertam inveja.
Pensamos sempre: queria eu só estar preocupado com a prova.
E, certamente, alguém com um problema maior do que o nosso… queria estar no nosso lugar.
Efeito dominó da complicação.
A gente sempre lê alguma coisa assim, concorda com 100% do conteúdo e esquece tudo quando o texto termina. Se não esquece, joga a culpa no autor: “escrever é fácil, queria ver se…”
Não, a gente não queria ver de verdade. A gente quer continuar com o problema. Todo mundo tem que ter um problema. Então, arruma o seu e se agarra nele. Tenta transformar esse problema em algo infinitamente sem solução. Melhor garantir esse, do que abrir espaço para outro maior.
E olha que existem vários problemas muito maiores, mas… nenhum é tão grande.
Nem a morte, que não tem solução.
A gente nem sabe se a morte é um problema de verdade.
Pode ser que a gente morra e vá para um lugar muito mais legal do que aqui.
Vai saber?!
Um dia a gente vai tirar essa dúvida, mas eu torço para que esse dia demore muito para chegar.
Eu adoro ter a certeza de que os problemas são imaginários e que a vida é bem mais simples e divertida do que achamos.
Fora isso, eu gosto da minha família… e de banana.