Não há nenhuma palavra no dicionário que seja mais cafona do que a própria. E eu adoro ser cafona de vez em quando… ou sempre.
Gosto das coisas que não ornam, como diria a minha avó. O texto pode parecer fora de moda, meio démodê para hoje em dia, mas eu arrisco uns rabiscos mesmo assim. Hoje vou falar de amor, do que combina, do que completa.
Vou falar de gente que tem o dom de transformar a vida de outra gente, de muita gente.
Sim, acertou se você pensou no César. É, o César, bugrino, meu marido, companheiro até nas brigas. Sim, hoje o dia é dele, para ele e por ele.
Há 5 anos o César não faz mais aniversário. A Cora, nossa filha, nasceu de presente, no dia da festa do César.
Ela escolheu a data, se embrulhou de amor e quase veio com um lacinho vermelho.
Depois disso, todos os aniversários são dela.
O César já teve bolo com cara da Minnie Mouse, da Dora – a exploradora, de todas as Princesas… Esse ano vai ser da Pequena Sereia.
O coitado nunca mais saboreou um bolo de banana, como nos 43 anos anteriores.
O pitoresco – para usar uma palavra do tempo dele – é que o César jamais reclamou disso.
Ele é do tipo boa gente, divide com os amigos até o pedaço do bolo que não tem.
É do tipo generoso, sorriso largo, abraço farto.
Homem de pequenas gentilezas. Abre a porta do carro, canta para filha dormir, coloca pasta de dentes na escova da mulher…
Sabe ouvir as dores e aliviar os medos.
O César é do tipo que sonha junto.
Não sei se fabricam assim hoje em dia.
É o tipo de Príncipe que deveria estampar a capa dos livros infantis.
Sem cavalo, sem coroa ou espada. O sorriso sincero basta para afagar o coração da Princesa e fazê-la feliz para todo o sempre.
Para você, César, parabéns, flores, muita vida na sua vida… e mais um bolo de princesa!
