Minha amiga Glenda Kozlowski fez uma pergunta nas redes sociais que me deixou intrigada: Escolha ou Destino?
Confesso que não consegui dormir tentando chegar a uma conclusão.
Seria a escolha um destino, ou seria o destino uma escolha?
Isso me fez pensar no montão de escolhas que a vida nos faz.
Quando eu era pequena, lá em Tupã/SP, minhas opções para ver tv eram
Globo, Bandeirantes, Record e SBT.
Manchete era artigo de luxo e não pegava nas redondezas.
Para beber, tínhamos a regalia de optar por Coca-Cola, Guanará ou Tubaína.
Nas ruas da cidade a gente via Brasília, Belina, Corcel e Caravan.
Tinha até um amigo ou outro que desfilava de Landau, mas não era para qualquer um.
Não sei se as escolhas eram mais fáceis ou o nosso destino foi complicar tudo?!
Hoje eu já nem consigo brincar de “Stop”.
Lembra aquele jogo que quem respondesse primeiro o nome do carro com letra B, ganhava?
Hoje são tantas as opções… CLA250, X6, GLESUV, F-150, CT6…
Os nomes dos carros são quase equações matemáticas.
Até me lembrar de tudo… perco a brincadeira.
Não sei mais quantos canais a TV tem. Eles me dão todas as possibilidade do mundo. Tenho que decidir entre novelas, filmes, desenhos, desenhos para maiores, esportes, programas de culinária, de venda de casas, tem concurso de dança, de comida, de música… tem até troca de família na tv.
Ultimamente tenho ficado indecisa até para ir ao cinema. Não pelo filme, mas simplesmente já não sei mais qual refrigerante tomar. Uma única máquina de refrigerante me pede para escolher qual dos 100 sabores eu quero. 100 sabores? Coca-Cola de laranja, uva, banana, limão, framboesa, abacaxi…
Seria isso destino ou escolha?
Minha vontade, às vezes, é pegar a Belina, voltar para casa, ligar na Globo e, sem pensar, tomar minha Tubaína.