Estou para escrever um texto de ano novo, mas foram tantas resoluções para 2017 que só agora terminei de anotar tudo.
Para o ano prosperar as exigências são cada vez maiores.
Antes mesmo da contagem regressiva, eu já estava tensa.
A pressão foi enorme.
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Hoje uma pergunta me intrigou: O que você deixou de ser quando cresceu?
Me lembrei da dona do zoológico… da bailarina… da vendedora de doces…
Na minha lojinha toda criança teria o direito de comer, sem pagar.
O tempo, cruel, levou esses desejos.
Já na sua versão generosa, o tempo foi capaz de armazenar outros sonhos comigo.
Tenho um amigo talentoso.
Empresário genial, goleiro meia boca… e contador de história dos melhores.
É o tipo de cara que você não consegue encontrar por 5 minutinhos.
Se for encontrar, pode reservar 2 horas para o bate papo, com a certeza de que vai ser legal.
Bom, esse amigo me falou que a fé que ele tem foi definida por um italiano como uma “fé infantil”. Na hora imaginei que era uma crítica, pensei em uma fé meio bobalhona. Mas depois, a arte de contar histórias desse meu amigo entrou em ação.
A morte nos pegou de surpresa.
Ela veio sem avisar.
Não se importou com a final do campeonato, com a nova série que ia estrear no domingo, com o trabalho do dia seguinte, com abraço que ficamos de dar.
A morte veio sem dó.
De uma só vez, levou jogadores, jornalistas, amigos… levou filhos e pais.
Fez doer!
Fez doer em mim, em você e em quem só viu pela tv… sem nunca ter conhecido.
Fez doer em quem teve a chance do convívio e agora sente o vazio da saudade.
Uns chamam de tragédia. Para mim é dor coletiva.
E nessa dor, eu me encaixo.
Talvez de uma maneira até egoísta, a gente vai se identificando com as pessoas, com os sonhos desfeitos, com a vida não vivida.
“Ser repórter é fácil! É só fazer um monte de pergunta boba para alguém famoso.”
Foi assim que o Arthur, aos 9 anos, definiu a minha profissão para a prima dele.
Pior que, dando uma olhadinha nas manchetes, vejo que ele não está tão errado assim. Algumas notícias de hoje que reforçam esse ponto de vista:
“Mirella Santos diz que a sua filha é uma mini peruinha”
“Saiba tudo sobre o casamento de Laura Keller e Jorge Sousa”
“Mara ataca Piovani após reconciliação com o marido”
Essa semana o texto é muito pessoal. Resolvi abrir meu diário.
Leia em segredo. Escrevi essa carta ao meu pai, que já se foi.
Espero que esse amor incondicional chegue até você.
“Essa é uma carta com histórias contadas de filha para pai. Histórias nossas, de confissões, conselhos e segredos.
Meu pai não foi apenas um herói. Ele teve poderes maiores. Era o único homem capaz de se levantar todas as noites, sem ninguém ouvir, e cobrir com lençol os 4 filhos ao mesmo tempo.
Semana passada um furacão passou por aqui. Não na minha cidade, que só teve uma garoa e uma brisa, mas na minha cabeça. Os pensamentos alcançaram umas 175 milhas por hora. Se fossem todos em uma só direção, beleza… o problema é que foram em assuntos variados, o que provoca uma confusão incrível de sentimentos. Foi isso o que aconteceu, o furacão Matthew, esperado e temido, desviou sua rota, mas fez pensar.
Gerou uma infinidade de “por ques”.
Hoje de manhã eu tive um encontro com Deus.
Ele apareceu bem cedinho na minha janela.
Olhei pelo vão da persiana e lá estava Ele desenhado em um raio de sol.
Nossa conversa foi minutos depois enquanto eu saboreava meu café amargo.
Logo no primeiro gole, eu contei para Ele o quanto gostava de ter o meu pão com manteiga de cada dia, todos os dias.
Pela manhã, a conversa parou por aí.
Saí depressa para trabalho e nem notei que Ele pegou carona.
Se sentou ao meu lado e, apesar de nada falar, tenho certeza que ouviu meus pensamentos.
No trabalho, entre as cobranças e preocupações, eu chamei Deus no canto para desabafar meus medos.
E então uma brisa leve me afagou os cabelos e suspirou baixinho no pé do ouvido.
Ele ficou comigo o tempo todo, mas saiu na frente para ter certeza de abrir novos caminhos.
Ao chegar em casa, Ele já estava lá me esperando.
Dessa vez veio num sorriso de criança, de braços abertos me chamando para brincar.
E quando a noite veio, olhei para alto e a lua – toda iluminada – piscou para mim.
Lá estava Ele de novo.
Agora vou dormir e Deus, com certeza, ficará lá me olhando.
Vai coçar a barba e preparar um novo encontro para nós dois amanhã.
Ele sempre gosta de me surpreender.
A Wania e o Fábio pensam muito diferente um do outro.
Eu?
Concordo com os dois.
O assunto foi abordado no Facebook, um tipo de palanque oficial do cidadão comum.
O Fábio reclamou da “indústria da multa” que existe em São Paulo.
Radar escondido para pegar o motorista de surpresa. Centenas deles.