Do que você mais gosta na sua vida?
A pergunta é direta e não abre nenhuma chance para diferentes interpretações.
A Cora respondeu de “bate pronto”:
– Da minha família… e de banana!
Curio…cidades
“Você nasceu para brilhar!”
Tenho certeza de que foi isso que a mãe falou para o Sol quando ele nasceu.
E sabe o que aconteceu? Ele acreditou.
Tanto que ele é quente pra burro, não tem ninguém vivendo lá, é longe de tudo, é só uma bola de fogo e, mesmo com tudo isso de ruim, o Sol assumiu o papel principal da galáxia.
Todo mundo que está lendo ou ouvindo esse texto está indignado.
A indignação, infelizmente, é o sentimento da moda.
O aviso foi dado há tempos: polítíca, religião e futebol não se discutem.
Resolvemos desafiar o ditado.
Pior do que isso, resolvemos pegar um desses temas, que não deveria ser nem discutido, e brigar por ele.
Agora os textos do “Escritório de Hoje” são, além de escritos, narrados. A Lu explicou a novidade no texto que está nesse link. Para ouvir o meu texto, é só clicar no “play” aí em cima.
Por falar nisso, reli alguns textos aqui do nosso escritório e vi que muitos falam do passado. Resolvi partir para o outro lado e o meu pensamento me levou para o futuro. Comecei a imaginar como vai ser a nossa vida daqui a alguns anos.
As referências que temos do futuro vem de um passado distante.
“Os Jetsons”, por exemplo, é um desenho do começo da década de 60. O futuro tem mais de 50 anos. Algumas coisas desse futuro animado já são realidade, mas os carros ainda não voam.
O indicador aponta para o coração, os braços se cruzam no peito e o indicador aponta para mim.
Sim, isso é uma declaração: eu te amo, na linguagem dos sinais.
Declaração de filho para mãe.
Não, meu filho não tem necessidades especiais. Tem necessidades urgentes.
Ele quer se incluir no “diferente”.
A ideia poderia ter sido minha, mas foi dele.
Os jovens tem uma função na vida que é fazer alguma coisa, completamente sem sentido, para chocar a geração anterior.
Por que?
Nem eles, os jovens, sabem direito, mas eu acho que é só para tirar onda dos velhinhos.
Hoje estou no time dos velhinhos, mas já estive entre os “revolucionários”, os seres de 16 anos que acreditam, de verdade, que já sabem tudo sobre a vida.
Se tinha uma coisa que eu gostava quando criança, era de ir à feira.
Eu nunca fui muito fã das hortaliças e leguminosas, mas adorava ver os tons de verde das verduras. alface, almeirão, chicória, acelga…
Eu gostava daquele colorido todo, daquela barulheira sem fim…
Era gente indo e vindo… e indo de novo… e vindo de novo.
Bolo de banana, pra mim, sempre teve mais gosto de infância do que de banana.
Não existia no mundo um bolo de banana como o da minha mãe.
Desafio o Alex Atala a tentar a sorte. Ele pode mobilizar toda a cozinha do D.O.M. e não vai chegar aos pés do bolo da minha mãe.
Não conheço o Alex Atala, considerado um dos melhores chefs do mundo, e não conheço o D.O.M., em São Paulo, considerado um dos melhores restaurantes do mundo… mas eu conheço bem a minha mãe.
O bolo dela tem amor materno como principal tempero.
A morte sempre nos pega pela metade. Por mais que você esteja preparado, você nunca está pronto.
Nem para ir, nem para ficar.
Hoje me peguei pensando nisso.
E se eu morrer amanhã?
A primeira coisa que me passa pela cabeça é quem vai fazer o lanche das crianças? E as roupas para lavar, as contas para pagar?
Tem envelope na caixinha de correios que eu ainda nem abri.