Como é difícil ser bom.
Ser bom, não. Ser o melhor entre todos os bons.
Ser mais do que os ótimos.
Ser o único.
Entre os humanos, tem “Top 5” desempregado.
Vítimas de um mundo em transição.
Profissionais com qualidades que viram defeito em um passe de mágica.
Ele é bom demais… então é caro.
Ele é experiente… então é velho.
E por aí vai.
Tenho grandes amigos nessa lista.
Cesar Gomes
Cesar Gomes
César Augusto é jornalista e trabalha na área há 30 anos. É especialista em nada, mas dá pitaco em tudo. Sofre só de pensar em trabalhar trancado em uma sala. Gosta de respirar, de viajar e de torta de banana.
Lembro até hoje do meu primeiro “ao vivo” na televisão. Eu trabalhava como repórter na TV Campinas (agora o nome é EPTV) e a apresentadora do telejornal, a Angela, me fez uma pergunta:
César, tem muita novidade aí?
Minha resposta, direto do Centro de Convivência, ficou no limite da graça, chegando a esbarrar na grosseria:
Novidade nenhuma, Angela, é uma feirinha de antiguidades.
A ideia é não tratar de assuntos polêmicos aqui no blog.
Então, para manter essa linha, vou falar de um amigo meu… Deus.
Esse é parceiro, no melhor sentido da palavra.
Já comemorou muito comigo.
Já me abraçou na hora do aperto.
Já me tirou de várias enrrascadas.
O abraço é uma das maiores demonstrações de um sentimento.
Um sentimento, não. Vários!
O abraço é válido nos extremos.
Vale para o gol e para o pênalti perdido.
Vale para o nascimento e para a morte.
Vale para quem não passou no vestibular e para a formatura.
Vale para a chegada e para a despedida.
Você abraça sorrindo e chorando.
O ano, para mim, começou ontem.
Estranho o ano começar no dia 23 de maio, mas o meu começou.
Foi o dia das resoluções, das promessas, da renovação da energia.
A saúde, claro, foi parte importante dessas resoluções.
Comecei uma reeducação alimentar. Vou perder peso.
Só não estou mais animado porque a fome não deixa.
É o começo radical de uma dieta programada, daqui a pouco melhora.
Não sei se existe alguma explicação científica, mas eu queria saber melhor o que é o sonho.
Será que é uma realidade que está acontecendo em outra dimensão?
A única pista que eu tenho é que essa outra dimensão deve ficar perto do Japão, porque lá está todo mundo acordado enquanto eu estou dormindo aqui.
Nessa outra dimensão os meus amigos de escola envelheceram sem envelhecer. Já sonhei com alguns deles. Gente que eu não vejo há mais de 30 anos. No sonho o meu amigo sempre trabalha, conversa como um adulto, mas eu só lembro dele criança.
Como isso é possível?
Hoje o Facebook já me arrancou um sorriso logo cedo.
Abri e lá estava uma foto do Orlando na formatura da filha dele, a Alexandra (Alex).
Por que sorri?
Porque o Orlando é um cara especial.
Nos conhecemos há 13 anos e, desde então, ele não faz aniversário.
É isso mesmo, ele não fica mais velho. Chegou a uma idade e parou.
Tem a mesma energia, a mesma aparência, de tempos atrás.
Tudo igual.
Você vai precisar de tempo para curtir esse texto.
Se não tem tempo, aí é que precisa ler mesmo.
O tempo nos consome diariamente.
Ele é tão cruel, que nos deixa sem tempo.
É isso, o tempo acelera só para se divertir vendo o nosso desespero tentando alcançá-lo.
E, fato, não alcançamos.
Quanto mais corremos, mais ele se distancia.
Só quem já teve cachorro, conhece esse sentimento único.
Um amor diferente, que late.
O cachorro é um ser meio mágico.
Ele entende tudo o que a gente fala… e responde.
A gente não entende a resposta, mas sabe exatamente o que ele está falando.
E ele sempre tem o latido certo, para o momento certo.
Sabe nossos segredos, mais do que ninguém. E guarda com ele. Não espalha, não faz fofoca. É um baita amigo.