A Wania e o Fábio pensam muito diferente um do outro.
Eu?
Concordo com os dois.
O assunto foi abordado no Facebook, um tipo de palanque oficial do cidadão comum.
O Fábio reclamou da “indústria da multa” que existe em São Paulo.
Radar escondido para pegar o motorista de surpresa. Centenas deles.
Cesar Gomes
Cesar Gomes
César Augusto é jornalista e trabalha na área há 30 anos. É especialista em nada, mas dá pitaco em tudo. Sofre só de pensar em trabalhar trancado em uma sala. Gosta de respirar, de viajar e de torta de banana.
Essa semana recebi 3 mensagens pelo Facebook.
Normal, todos recebem mensagens diariamente.
A diferença dessa vez é que as mensagens chegaram com um “certo atraso”.
Duas mensagens foram enviadas em 2012 e uma em 2013.
Ou seja, demorei uma média de 2 anos e meio para colocar minha caixa postal em dia.
Na época, um telefonema teria resolvido isso. Aí, lembrei da frase que um amigo, o Breno, me falou outro dia:
“Atualmente, é quase uma ofensa você ligar para alguém”.
Hoje eu postei uma foto nas redes sociais e tive muito mais retorno do que imaginava.
Não estou falando de likes e comentários.
Estou falando de memórias.
Retorno de momentos da minha vida através da lembrança.
A foto que eu postei foi dos meus filhos chegando na escola, no primeiro dia de aula.
O esporte é maravilhoso.
Aprendo muito com ele. Pessoal e profissionalmente. Faz bem.
Acho que é por isso que torcemos tanto por pessoas que nem conhecemos.
Não é pelo país, é por nós.
É para termos a certeza de que não existe o impossível.
Muitas vezes a gente não sabe quem é o atleta, nunca o vimos.
Conhecemos pouquíssimo a modalidade, mas, no fundo, a gente se vê ali.
Ou vai dizer que você já tinha ouvido falar ou visto o Felipe Wu? Já tinha assistido a uma competição de tiro? Não na TV. Quero saber se comprou ingresso e foi lá, domingão a tarde, assistir ao torneio regional de tiro ao alvo?! Eu não.
Mas a gente ganhou aquela prata junto com ele.
Minha mulher não tem paciência.
Isso é bom.
Aprendi, nos últimos anos, que a casa só anda com a falta de paciência.
O jantar, por exemplo, não espera.
O mundo precisa acelerar caso queira a comida quentinha.
O que eu quero dizer com isso?
Olha só, hoje eu estava trocando o pneu do carro quando ela, a Lu, abriu uma fresta da porta e perguntou:
‘Vai demorar?”
Eu odeio o ódio.
Usar essa palavra parece que me faz mal, mas não encontrei outra maneira para começar o texto.
Acho que ele, o ódio, é o que está acabando com o mundo.
As pessoas passaram a odiar de um jeito fácil e banal.
A gente odeia o cara que está no celular e não anda quando o sinal abre.
A gente odeia aquele funcionário que demonstra toda sua má vontade no atendimento.
A gente odeia quando a comida passa do ponto e queima um pouco.
A gente odeia quando está calor demais… e odeia o frio.
Adulto, às vezes, diz que gostaria de ser criança de novo.
A volta ao passado é a única chance aparente de diminuir as preocupações.
“Imagina o seu maior problema ser uma prova de matemática?!”
Isso é o que pensa quem tem contas a pagar, tem chefe, vê a crise atropelar o mundo, teme a falta de segurança… e por aí vai.
Saber o hino nacional é uma questão de patriotismo.
Entender o que você decorou é uma questão difícil de língua portuguesa.
Acredite, se caisse no vestibular, poucos acertariam.
Vamos lá, testar nossos conhecimentos.
O que significa “Fulguras, ó Brasil, florão da América”?
Outro dia escrevi no Facebook a seguinte frase:
“Decisão tomada e comunicada. Em breve, será anunciada. Rs…”
Foi postar e dar início a uma avalanche de mensagens.
A repercussão foi tão grande que fiquei até sem jeito de contar qual é essa decisão.
Vou contar, calma. Pode continuar lendo.
Nem acho que seja tão bombástica assim a minha mudança, mas…
Bati meu record pessoal de comentários e “in box”.
A curiosidade praticamente pediu para ser minha amiga.
Ela tomou conta da minha timeline.
Escolher uma profissão é mega difícil.
Principalmente porque, quase sempre, você escolhe essa profissão ainda na adolescencia. Tem que saber “o que vai ser quando crescer” muito jovem, na hora de se inscrever no vestibular.
O problema é que com as mudanças do mundo, o que já era difícil ficou impossível.
Na minha época, no século passado, as opções não eram muitas. Para acertar, sem riscos, era só fazer o “x” na frente de direito, medicina ou engenharia. Eu fiz o “x” no jornalismo, mas é assunto para outro texto.